terça-feira, 5 de junho de 2012

Critica - A Branca de Neve e o Caçador



Primeiro filme dirigido por Rupert Sanders, A Branca de Neve e o Caçador sofre com a inexperiência de seus roteiristas em contar historias fabulescas, da preguiça de seu diretor e da falta de competência de seus principais atores em dar vida aos personagens.

Recontar uma fábula tão conhecida pelo público é um grande desafio pois, apesar de já sabermos (quase) tudo o que irá acontecer, queremos sempre ser surpreendidos com algo novo.

E é exatamente nesse ponto em que o filme falha.

A abordagem sobre a estória é superficial e demonstra o receio do diretor em criar alguma originalidade ao filme, trazendo consigo um roteiro tão mal desenvolvido que com menos de trinta minutos de exibição já estava impaciente. Os pontos chaves da história são fracos, tornando o primeiro ato longo demais e por consequência, entediante.

Entendiante também são as atuações de Kristen Stewart e de Chris Hemsworth.

Interpretando a Branca de Neve, Stewart usa e abusa de seus trejeitos nos lembrando a todo momento não estamos vendo a Branca de Neve e sim, a mesma atriz que faz a Bella, de Crepúsculo. Ela não passa emoção nenhuma, aliás, ela passa algum tipo de emoção, mas nunca sabemos o que ela quer dizer com aquilo. Medo? Felicidade? Aflição? Compaixão. Sei lá! É sempre a mesma maldita cara.



Já o Tho... Chris "gostosão" Hermsworth tenta emplacar um sotaque "de caçador" que, em algumas partes do filme, beira ao ridículo. Claro que nas cenas de ação o cara manda muito bem, fora o carisma absurdo que ele tem (principalmente com as mulheres). Mas isso é muito pouco para um protagonista de um filme de fantasia.

Contudo, temos como pontos fortes do filme as atuações de Charlize Theron, contrapondo muitíssimo bem a força e a fraqueza de sua personagem, Ravenna, e dos anões, que ao meu ver são os personagens mais carismáticos do filme (o que não é um trabalho muito difícil), principalmente a dupla interpretada por Eddie Marsan e Toby Jones.

Apesar de contar com uma direção de arte competente (como visto na Floresta Negra, no Santuário das Fadas e nos figurinos), algumas seqüências interessantes e com o alívio cômico na medida certa, o filme em sua maior parte, é lento e desinteressante, devido um pouco à falta de empatia do expectador para com os protagonistas, da falta de ritmo da direção, e do roteiro pouco desenvolvido, apesar de ter John Lee Hancock (The Blind Side) como um dos roteiristas.

Nota: 4


4 comentários:

  1. Minha nota é 6. O filme se arrasta, dura 30 minutos a mais do que deveria, dá sono... mas gostei da ambientação "séria" do filme. Poderia ser melhor... poderia ter ido pra um lado "Tim Burton" talvez. Acho que, tirando a cena das fadinhas, o filme falha em criar um mundo fantastico.

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    1. Cara, a cena das fadinhas é uma das piores do filme! Muito tosco aquilo. Eu achei bem foda as alucinações na Floresta Negra e a direção de arte como um todo. Talvez se caisse para um lado mais Tim Burton, o filme perderia um pouco da ambientação mais séria. De resto, fora o citado na crítica, pode jogar tudo no lixo. Muito fraco mesmo.

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  2. Ainda não assisti o filme, no entanto concordo que a Kristen Stewart tem grandes problemas em demonstrar emoções! O único filme que realmente gostei da sua atuação, pois seu jeito sem-sal-nem-açucar casou direitinho com o personagem, foi Speak (O Silêncio de Melinda (?))...

    Tá mandando muito bem heim!
    Só ta faltando umas legendinhas nas imagens =P


    ^^

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    1. A Bella acabou escancarando todos os vícios de atuação dela. Vamos ver se no On the Road ela mude isso e volte a ser a Kristen Stewart before Crepúsculo.

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