segunda-feira, 26 de abril de 2010

Alice no País das Maravilhas - 3D


Após muita ansiedade e muito hype, ontem fui assistir à Alice no País das Maravilhas em 3D, no Cinemark Guarulhos. Devido à recentes decepções por acompanhar demasiadamente de perto um lançamento, desse filme vi apenas um trailer.

O filme é visualmente magninífico, muitas cores e contrastes. Tim Burton realmente conseguiu transpor as telas o clima tenso e ao mesmo tempo familiar e alegre de Wonderland. A fotografia é espetacular, em perfeita sincronia com os efeitos visuais.

Nessa película, Alice volta à Wonderland após 13 anos da primeira visita, sem lembrar-se de nada, para ajudar a Rainha Branca à salvar o Submundo do domínio da Rainha Vermelha.


O enredo é muito bem amarrado e de fácil entendimento para o público infantil, gerando uma atenção impressionante na cambadinha do nariz sujo. Achei que poderiam ter ligado de uma forma mais interessante este novo Alice com o antigo. Mas tudo bem...

Com a exceção de Johnny Deep (Chapeleiro Maluco) e da Helena Bonham Carter (Rainha Vermelha), as demais atuações são bem questionáveis, principalmente da Mia Wasikowska (Alice) que é totalmente sem sal, sem carisma e nem um pouco marcante.

Outro ponto negativo do filme é o 3D, sim o 3D.

Muitas cenas do filme (muitas mesmo) estão totalmente fora do contexto única e exclusivamente para causar o "efeito babaca" do 3D. Mas o que é o efeito babaca do 3D?

Eu respondo.

O efeito babaca do 3D nada mais é do que aquela coisa ridícula de todos moverem a cabeça para o mesmo lado desviando de algo, depois moverem para outro, depois para trás, parecendo uma platéia sincronizada.


Infelizmente Tim Burton não conseguiu extrair o máximo da tecnologia neste filme, no qual, logo após o término do mesmo, senti que se tivesse assistido em uma sessão normal teria a mesma experiência.



Alice no País das Maravilhas traz uma ótima sensação de nostalgia em um visual espetacular, porém, somando as fracas atuações com a falta de imersão no 3D, o filme que tinha tudo para ser um dos melhores do ano se torna apenas um bom filme.

NOTA: 7,5

Em breve analisarei o Cinemark Guarulhos, desde a venda do Hoyts General Cinema. Coisa que jamais deveria ter acontecido...