quarta-feira, 30 de maio de 2012

Oi Rdio - Acervo ilimitado de músicas a um toque de distância

Há algum tempo vinha procurando formas de entrar na legalidade musical, porém nunca tive muita vontade de ter toda a discografia de várias bandas no iPhone consumindo toda a memória reservada para Infinity Blade, Swordigo, Angry Birds e afins, eliminando de cara o iTunes como opção.


Tentei alguns aplicativos como o Power Music Club (exclusivo para clientes GVT), porém o acervo musical deste, apesar de razoável, não me surpreendeu. Me indicaram o Spotify, mas após ver que precisamos de gambiarras para criar uma conta, deixei esse assunto meio de lado até o dia em que tropecei no Oi Rdio (http://www.oirdio.com.br/).



Após realizar o cadastro em menos de 2 minutos, estava apto a utilizar os serviços do Oi Rdio por uma semana gratuitamente em qualquer dispositivo móvel suportado ou pela web. O design me chamou atenção logo de cara, tudo simples e claro, mostrando vários conteúdos de forma muito organizada e estilosa.

A busca se mostrou bem eficiente, trazendo a tona o acervo gigantesco. Todos os artistas que procurei, encontrei. Desde Michael Jackson a The Platters, de Metallica a Donna Summer. Estava tudo lá, álbuns, músicas e artistas relacionados, a alguns cliques de distância para o play e sem consumir nada dos meus míseros 16GB.

Além disso, conseguimos visualizar facilmente os últimos conteúdos adicionados, os mais tocados e as playlists criadas pelos usuários do serviço, tornando o uso do serviço bem agradável.

Nada de downloads, tudo streaming!

Está sem paciência e não quer ficar escolhendo músicas/discos, apenas escutar um determinado artistas e suas inspirações musicais? Sem problemas! Navegue até o artista desejado e clique em Sintonizar Estação.

Ótimo, não?!

"Mas então se eu não tiver internet por perto, ferrou?"

Não! E é isso que torna o Oi Rdio indispensável. Você pode sincronizar as músicas que quiser (salvo raras exceções) com seus dispositivo, disponibilizando a escuta off-line das mesmas.

Foda pra caralho!

Aliás, no 3G consigo utilizar tranquilamente o Oi Rdio paralelamente com a navegação/Twitter/emails no iPhone, fato impressionante visto que a qualidade das músicas é muito boa!

Claro que tudo isso tem um preço, R$14,99 mensais (pelo site) para ser mais específico. O que considero bem justo, dada a qualidade do serviço.

Recomendadíssimo!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Crítica - Homens de Preto 3



Dirigido por Barry Sonnenfeld, MIB 3 neuraliza da mente do espectador o segundo filme da série, quando, muito sagazmente, recria boa parte do clima apresentado no primeiro, e melhor, Men In Black da série.


Neste filme, o conflito de personalidades entre o Agente J (Will Smith) e o Agente K (Tommy Lee Jones e Josh Brolin) se mostra renovado, contrapondo o jeito extrovertido de um com a rigidez e seriedade do outro de uma forma muito leve e natural, deixando claro como um completa o outro, formando uma dupla de combatentes à ameaças espaciais imbatível.


De uma forma muito inteligente, Barry Sonnenfeld juntamente com a direção de arte competentíssima de Bill Pope, deixa claro que a vida pessoal dos personagens é inversa a profissional, ao mostrar o apartamento do Agente J frio e monocromático, contrastando com o do Agente K, que é aconchegante e muito interessante.


A direção de arte que faz um ótimo trabalho também ao mostrar a Nova Iorque de 1969 e suas influências para a Agência, ousando ao adotar um estilo retrô-futurista típico dos filmes de James Bond, indo mais longe ainda ao mostrar um oficial de alta patente negro ao passo em que coloca na Agência um porteiro branco, dando um leve tapa na cara ao racismo, muito forte na época retratada.


E para ameaçar a Terra, desta vez temos o cantor da banda Chiclete com Banana o vilão Boris (Jemaine Clemente), que teve o seu braço arrancado por K, pouco antes de ser levado a uma prisão na Lua, feita especialmente para ele, em 1969. Mais de 40 anos depois, Boris escapa da prisão com o objetivo de voltar tempo e matar o Agente K antes do ocorrido.


"Boris, o Animal" é muito bem construído, causando medo desde sua primeira aparição. Os planos, sempre fechados e de baixo para cima, sua voz forte, bem pontuada e com nuances na tessitura, nos passa a sensação de força e poder do personagem, realçados pela boa atuação de Jemaine.


Porém, o ponto alto do filme é a atuação de Josh Brolin, que em nenhum momento nos deixa dúvidas em estar vendo o Agente K mais novo e um pouco menos sério, contudo sem perder a individualidade criada por Tommy Lee Jones para o personagem.




Já Will Smith tem seu próprio estilo e não faz questão em fugir dele, mostrando uma nova face para o Agente J apenas no terceiro ato do filme, quando J visualiza a real importância de K em sua vida. Jones segue sóbrio, como sempre, mantendo o nível dos trabalhos anteriores.


Entre altos, que vão de elipses inteligentíssimas a uma viagem no tempo bem original, e baixos (planos muito fechados desnecessariamente) temos um filme competente, que alia um roteiro interessante a uma direção sem exageros, trazendo de forma satisfatória (inclusive fazendo várias referências durante o longa), todo o universo criado há 15 anos.

Nota: 6

P.S.: Obrigado ao @SeuRoberts pelo aviso sobre as datas.